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Ferramentas para elaboração de mapas conceituais e mentais

Conteúdo organizado por Priscila Costa Santos em 2018 do livro Unleashing Web 2.0: From Concepts to Creativity, publicado em 2007 por Morgan Kaufmann Publishers. Revisão 2020.

Ferramentas para elaboração de mapas conceituais e mentais

Objetivos de Aprendizagem

Introdução

No tema anterior, apresentamos duas experiências no uso do Prezi. A primeira, voltada para o ensino superior, possibilitou que discutíssemos sobre metodologias ativas, especialmente sobre a sala de aula invertida. Já a segunda, inserida no contexto da formação de língua inglesa, realçou que o Prezi pode ser um facilitador no processo de ensino e aprendizagem.

Neste tema, iremos expor os recursos para a elaboração de mapas mentais e de mapas conceituais. Porém, antes de desvendarmos as ferramentas que podem ser utilizadas para a confecção de mapas mentais e de mapas conceituais, é necessário discorrer sobre o que são esses tipos de mapas.

O Mapa Mental é um instrumento de organização do pensamento, a partir de representações esquematizadas por meio de palavras chave, imagens, cores, organizado em uma estrutura que se irradia a partir do centro. Em geral, os mapas mentais possuem cinco características fundamentais:

1.  A ideia, o assunto ou enfoque principal encontra-se no centro do mapa.

2.  Os temas secundários irradiam em bifurcações a partir do tema central.

3. As bifurcações podem incluir uma imagem, uma palavra ou um vídeo, seguindo uma linha associativa.

4.  As ideias secundárias são conectadas por “ramos”.

5.  As bifurcações formam uma estrutura de nós conectados.

Figura 13.1 – Exemplo de mapa mental

Fonte: <https://br.pinterest.com/pin/532691462159807598/>. Acesso em: 7 dez. 2020.

Para Vilela (2002), os mapas mentais podem trazer inúmeros benefícios para o planejamento das atividades docentes, dentre eles: organização do conteúdo a ser abordado; apresentação de conteúdos; elaboração de materiais didáticos; registro de estratégias relacionadas ao tema; registro de ideias individuais ou coletivas; apoio a projetos interdisciplinares. Para os discentes, os mapas mentais podem contribuir para: estudo e revisão; elaboração de trabalhos e projetos; registro de notas de aula; apoio à motivação e à aquisição de hábitos de estudos.

Na pesquisa de Batista et al. (2013), intitulada Mapas mentais com tecnologias digitais: reflexões na formação inicial de professores de matemática, os autores objetivam analisar a visão dos professores de Matemática em formação sobre a elaboração de mapas mentais, em tablet e em computador. A pesquisa foi desenvolvida em uma turma do quarto período do curso de Licenciatura em Matemática de uma Instituição Federal.

Sobre os mapas mentais, foco deste tema, os pesquisadores solicitaram que os discentes respondessem a cinco afirmativas, marcando: Concordo Completamente (CC); Concordo (C), Não Concordo Nem Discordo (NC ND), Discordo (D) e Discordo Completamente (DC). Os resultados mais expressivos apontam que todos os discentes concordaram completamente que os “Mapas mentais podem ser importantes para estudo e revisão de conteúdo matemático” e 90% dos discentes concordaram completamente que “O uso de mapas mentais pode colaborar para a organização de trabalhos e projetos” e “Analisando como futuro professor, a elaboração de mapas mentais como materiais didáticos (para apresentação de um conteúdo ou como resumo, por exemplo) pode ser uma estratégia pedagógica interessante”.

Figura 13.2 – Quadro de afirmativas quanto aos mapas mentais

Fonte: Batista et al. (2013, p. 120).

Quanto ao recurso utilizado para a elaboração dos mapas mentais, Batista et al. (2013), optaram por utilizar a ferramenta Mindomo.

Como exposto em seu site:

A Mindomo é o melhor software de mapeamento mental para as suas aulas: programa para mapas mentais, mapas conceituais e resumos. À medida que os alunos criam e colaboram na criação dos mapas ou resumos, vão ganhando competências de discussão de ideias, pensamento crítico, sintetização, análise, criação de novas ideias, resolução de problemas e investigação. A Mindomo é o software de criação de mapas mentais que primeiro desenvolveu as funcionalidades de conversão de um mapa mental numa apresentação; trabalhos de mapas mentais – a forma mais fácil para os alunos e professores colaborarem em seus mapas; mapas inteligentes – modelos parcialmente preenchidos que facilitam a criação de mapas mentais para quem está a começar; e conversão de mapas em resumos editáveis em tempo real. A Mindomo tem uma solução online e aplicações nativas móveis para iPad e Android. (Disponível em: <https://www.mindomo.com/pt/>.)

Quando comparados a outros softwares de construção de Mapas Mentais, como o CmapTools, a Mindomo se destaca por:

•  É possível adicionar e utilizar a Mindomo, a partir da conta do Google APS ou Office 365.

•  Pode ser integrada a Ambientes Virtuais de Aprendizagem, como Canvas, Blackboard, Moodle, Desire2Learn, itslearning, Schoology.

•  Pode ser integrada a softwares de armazenamento de conteúdo, como Google Drive e o Dropbox.

•  Exportação de mapas numa grande variedade de formatos: .pdf, .rtf, .ppt, .txt, .opml, .mpx, .html, .zip, .png.

•  Permite gravar som, adicionar notas e inserir vídeos e áudio.

•  A funcionalidade de “Apresentador” permite que os mapas sejam convertidos em apresentações, similar às do recurso Prezi.

•  O uso pode ser realizado através do iPad e Androide de forma on-line ou off-line.

•  O professor pode verificar o histórico de reprodução, permitindo acompanhar todas as alterações que cada aluno realizou.

Retornando à pesquisa de Batista et al. (2013) sobre a Mindomo, os discentes afirmaram que o uso desse recurso no computador é mais fácil do que no tablet. E 60% declararam que concordam completamente que “A utilização do Mindomo contribuiu para a preparação do trabalho solicitado”.

Figura 13.3 – Quadro de afirmativas sobre a utilização da Mindomo

Fonte: Batista et al. (2013, p. 121).

Por sua vez, os mapas conceituais também podem ser elaborados utilizando-se os mesmos recursos tecnológicos que os mapas mentais, entretanto, eles se diferem principalmente pela linha teórica em que os mapas conceituais se baseiam.

Para Okada (2003, p. 5), os mapas conceituais estruturam-se na teoria construtivista de Ausubel, que aponta para o processo de construção do conhecimento através do estabelecimento de conexões, ou seja, “o sujeito constrói seu conhecimento a partir das conexões estabelecidas com sua experiência prévia. Ao identificar tais relações, através da ação e reflexão, do fazer e compreender, o sujeito vai reconstruindo conhecimento e ampliando sua rede de significados”.

Nos mapas conceituais, o assunto principal, através de um conceito ou palavra-chave, é inserido no início do papel ou da tela, em seguida, no nível inferior, são anotados em retângulos os conceitos que possuem relação com o tema inicial. Os conceitos subjacentes podem ser inseridos nas laterais, em paralelo.

Figura 13.4 – Exemplo de mapa conceitual

Fonte: Okada (2003, p. 5).

Além da Mindomo, outros dois softwares se destacam ao propor a confecção de mapas mentais ou conceituais: O XMind (https://www.xmind.net/features/) e o Mindmeister (https://www.mindmeister.com/pt). Como características comuns, destacam-se:

 Ambos possuem aplicativos para uso em celular com sistemas operacionais iOS e Android.

 Ambos possuem versões gratuitas e pagas. Vale ressaltar, que a versão gratuita já disponibiliza uma gama de recursos úteis para a elaboração dos mapas, não havendo nenhum impedimento no uso desses recursos nessa versão.

 Ambos possibilitam a inserção de outros recursos digitais, como imagens, vídeos e textos.

Como diferenciais, é importante enfatizar que o MindMeister pode ser utilizado on-line, os mapas mentais ou conceituais ficam armazenados nas nuvens e mais de um autor pode acessar e colaborar simultaneamente.

No tema seguinte, iremos dialogar sobre os aplicativos Plickers e Mentimeter como recurso para avaliação diagnóstica.

Sepa
Mas

Leituras:

O texto indicado a seguir tem por objetivo discutir sobre a utilização de mapas conceituais em projetos educacionais e atividades pedagógicas.

“Mapas conceituais em projetos e atividades pedagógicas” Disponível em: <https://bit.ly/3nHjnww>.

Na ponta da língua

Referências
Bibliográficas

Batista, S. C. F. et al. (2013) Mapas mentais com tecnologias digitais: reflexões na formação inicial de professores de Matemática. VIII Conferência Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação – CHALLENGES 2013. Anais… [s.l.]: [s.n.], 2013. Disponível em: <https://bit.ly/2LljdOB>. Acesso em: 6 fev. 2018.

Okada, A. L. P. [s.d.]. Mapas conceituais em projetos e atividades pedagógicas. Disponível em: <https://bit.ly/2LLsXBk>. Acesso em: 8 fev. 2018.

Vilela, V. V. (2002) Mapas mentais na escola: como usar essas ferramentas de pensamento e organização para maior efetividade. Apostila. Brasília, DF. Disponível em: <https://bit.ly/3oIBeod>. Acesso em: 30 jan. 2013.

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Ferramentas para elaboração de mapas conceituais e mentais

Livro de Referência:

Unleashing Web 2.0: From Concepts to Creativity

Gottfried Vossen and Stephan Hagemann

Morgan Kaufmann Publishers © 2007

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